sábado, 21 de fevereiro de 2009

O Bloco



Brasa nos pés,
Corpos se confundem na multidão
Gritam, saldam a alegria
Misturam-se pela avenida

Antes eram mascaras,
Hoje são meras camisas
As tintas já não servem mais
Foi-se o tempo das fantasias

Mas ainda há Pierro
Buscando sua Columbina
Existe uma melódica marchinha
Que ecoa entre tanta euforia

Onde estas?
Por ai
Queria te ver
Mas isso não e problema
Sim, pois há tantas luzes que te rodeiam
Também não te encontro entre bandeiras

E o povo segue a cantar
Refrões que, em breve, irão se modificar
Garrafas se misturam
Entre paralelepípedos
Que a cidade lapidou em outrora

E assim vai passando
Mais um samba popular
Que transmuta entre as bocas
Mais um coro a cantar
Fazendo em versos
Uma alegria fugaz
Mas necessária
Para podermos respirar

Pois logo são cinzas
Que de tudo vai sobrar
Logo tudo se acaba
E logo tudo voltará
Então abra alas
Vai passar!



domingo, 15 de fevereiro de 2009

Apenas Anônimnos




Durante muito tempo, se entreolham , trocaram rápidas palavras sobre a primeira coisa que vêem a mente ( quase sempre falam sobre o tempo , como esta o que feito de bom , perguntas fúteis , mas precindiveis para sobrevivência humana). Isso sucera quase sempre por aquela fresta. Sim , não deixara de ser um lugar comum, ao qual eles começaram a criar um tipo de vínculo, talvez uma possível amizade, mas acima de tudo , não passavam de anônimos, pois suas vidas ficavam camufladas sobre suas palavras. Mas com o decorrer do tempo, começaram a ter uma certa aproximação, fato do qual nunca se podia ser imaginado por eles, pois não passavam de meros rostos que se não fossem certos artifícios modernos nunca iam se conhecer.


começaram a falar de suas vidas, aflições, traumas, sonhos. foi entao que descobriram que tinham muita coisa em comum .Nunca se podia imaginar coisa igual de meros desconhecidos dispersos entre seus mundos. Mas veio algo que surpreendeu: surgiram sentimentos, fato ao qual nao se espera nesses casos, pois antes mal falavam sobre esses assuntos , muitos menos sobre desejos ou fantasias.


fato é que anomimos ( salvo excessões)sempre serão anonimos. Sempre se esconderão por entre outras faces, pessoas, nomes ou qualquer outra faceta que convir em suas mãos ou palavras. Foi entao que ambos viram que a única maneira que restou para que isso não se tranzformasse em uma grade catrastofe pessoal,foi voltarem a seus mundos normalizar as coisas, ou seja, votar a realidade. O que aconteceu nao passou de devaneio, talvez fraquesa da alma
coisas mortais. pois por mais que uma pessoa cruze ruas , janelas, trens e demais acasos , anonimos sempre serao anônimos

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Moço



Moço
Que comprar uma bala?
Por favor, ta baratim
E pra comprar meu almoço
Juro moço
To desde cedo sem comer

Minha mãe?
Sei não moço
Ma largo no mundo
So filho da solidão
Me chamam de sem teto
Sem afeto
Não gosto da rua mas já me acostumei
A cume e respirar o que vocês tanto fazem questão de ignorar e desprezar

Ah sim já ouvi fala dessa tal de escola
Sempre sonho com isso
La também tem criança ne?
Adoraria escrever meu nome

Moço o sinal vai abrir
Queria uma casa pra morar
Também queria uma família
Não moço não vo cheirar cola não
To falando a verdade to com fome

Mas num esquece moço
Que to em toda parte
Enquanto você fecha os vidros
Eu sempre estarei por ai
Pedindo limpando
Num sinal fechado