sábado, 24 de janeiro de 2009

São Paulo




Agitada cidade
Buzinas, fumaça
A pressa, as luzes.
É sua marca

O frio que penetra
Da preguiça e aconchego
Solidão em pontes
São muitos os esquecidos

As vozes, as caras.
Erguem e derrubam constantemente
Acolhe e valoriza costumes
De pessoas tão diferentes

Cidade de muitos
Porém, poucos vivem.
O trabalho, seu lema.
O feriado, sair urgentemente.

Tudo em demasiado
Cultura
Trabalho
Pessoas
Trânsito
Violência

Quem chega se admira
Odeiam, adoram e ficam.
Uns só de passagem
Na metrópole adorável

sábado, 17 de janeiro de 2009

Contato ( Adeus Verônica)

Por entre as frestas
Temos um contato
Estarei na espera
Para concretizar o fato
No tato

Logo nos vemos
Um lance de olhares
Aos poucos mostras sua verdadeira face
Palavras não são como antes

Deveras não foi como pensávamos
Foi bom o quanto durou
Gostei de você
Mantenha contato
Uma hora agente se vê

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O Pescador



La vai ele
Com o rosto de sempre
Com as mãos calejadas
Na jornada continua

No caminho das águas
Seguem muitos constantemente
Em busca do sustento
E da sua própria sobrevivência

Jogar a rede e esperar
É assim todo dia
Uma hora eles aparecem
Jogar a rede e esperar

São muitos
Que do oficio vivem
Não tem sonhos ou virtudes
Só sussurram e bebem
E jogam as redes

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Amanda

Te dou um nome
Finjo que é mentira
Até esqueço que sou outra
Me abraça, mas não aperta muito.

Olho de lado, mas respondo.
Pega na minha mão e sente
Reage quando falo contigo
É como se fosse à primeira vez

Quando eu beijar, morda.
Não devora, deixe um pouco.
Me conduza, mas sei onde estou.
Respiro e volto ao começo.

Fale besteiras
Meu sorriso é verdadeiro
Me responda só de me olhar.

Eu grito você se vira
Choro, mas não entendo.
Outra noite te encontro.
Ignoro
E bebo de uma vez.

Promete que muda? ....sei
Ficam tão bonitos em mim!
Assim eu fico sem jeito
Promete que é nesse ano?

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

O Sol e outros fatos..

Era um dia como qualquer outro naquela cidade habitada por tantas pessoas com seus trajes tradicionais. os relógios marcaram os passos daqueles que traçavam seus caminhos pela rotina que já os dominaram desde os tempos que as primeiras maquinas que soltavam uma enorme fumaça aos quais já cobriram o manto daquele lugar. Com o tempo foram surgindo outros instrumentos para a massificação dos gestos mecânicos como teclas ,luzes, mudanças de cores um simples ah tudo bem?

os homens não mudaram muito. Continuam os mesmo. So ficaram mais rígidos e mais rápidos. Mas perderam as belas palavras que tanto fascinavam as pessoas principalmente aquelas moças as quais sonhavam com um deles que surgissem do nada com flores e revoluções que tanto habilitaram suas fantasias. Sim as mulheres essas sim quanta mudança....hoje também já não ficavam as suspiros e colecionando panelas e vestidos. Era incrível como mesmo tão parecidas se modificaram e ganharam de uma forma latente como se os séculos estivessem dizendo – olhe elas estão por ai eu avisei’. Pobre daqueles homens. Não acreditaram tão sensíveis e sutis foram eram aquelas figuras que tanto menosprezavam e que o único uso era de seus momentos frívolos habituais

So mesmo as crianças que de uma forma inexplicável se sobressaíram a esse momento. Falavam eloqüentemente a língua que muitos dos já formadas pessoas não queriam entender. os sonhos ainda existiam para elas.o amor por tudo e suas curiosidades e inocências eram suas armas para continuarem vivendo naquela atmosfera.

Mas de repente paira sobre aquele lugar um raio de sol. Sim era mesmo o sol; não o vento ou neblina que tanto vigorava por La. Eram raios de alegria. Os homens foram os primeiros a se perguntarem do tal acontecimento. So ouviram falar disso em livros ou em musicas que em outrora faziam partes de seus cortejos, armas de amantes para despertarem paixões de suas juventudes. As mulheres não ficaram de fora: com a mudança de temperatura foram de imediato ao seus armários. Escolheram meus melhores vestidos. Roupas de verão, que tanto ansiavam usar, ao qual envolviam suas belas formas, dando uma nova vida em suas almas.

Com a intensidade dos raios, também crescia-se a temperatura . Logo os ternos e vestes habituais foram imediatamente substituídos por roupas totalmente quase desconhecidas naquele lugar. Foi então se surgiram àquelas mulheres que desfiavam com tanto gosto, como se ironicamente, foram surgindo outros pensamentos nas mentes daqueles homens já cansados pela circunstância. Com isso se aproximaram dela. Lançaram olhares, como se travassem uma batalha com suas espécies. Formou-se um tipo de mudança, uma dança ao qual eles troaram o passos, suspiros, confissões, anos guardados em seus corações. Abriram-se e se afastaram, travaram um briga as mais baixas palavras que se possa imaginar. Mais o sol insistiu em invadir naquele momento. Estavam todos suados. Cada vez mais percebiam a forma escultural aquelas mulheres, que por anos se escondiam entre suas casas. Então eles se reaproximaram ganhados de suor, trocaram juramentos, desculpas, carinhos , malicias. Começaram a trocaram beijos pela rua. Em instantes cada um foram para suas casa ou para um lugar mais escondido possível para concretizarem o qual tanto queriam fazer por tanto tempo e que o calor se ascendera em seus corpos. Ouve gritos, barulhos, uma tempestade de emoções se alastrou por aquelas pessoas por varias horas como se fosse a ultima de suas vidas.

Os poucos o sol foi se escondendo. Todos estavam cansados, porem felizes. E aos poucos gotas foram surgindo pelo chão, um temporal se aproximava para reaproximar o tempo com a terra. Enquanto eles dormiam abraçados, varias crianças corriam pelas ruas , pulando , rindo de tudo, inventando outro dia.’